sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Aviso de adiamento do Curso sobre Alienação na Sociedade Contemporânea
[Este comunicado foi enviado por e-mail a cada um, semanas atrás]
Voces foram informados e foram convidados para um curso a ser feito em tres aulas, às quarta-feiras à noite no Sebinho da Asa Norte (406).

Pois bem, estamos comunicando que este Curso teve que ser sustado e adiado por um problema de local.
Naquela semana da nossa primeira aula, dia 4 de outubro, o Sebinho teve que fechar as portas por conta de um falecimento e nós ficamos sem local para nossa aula.
Depois tivemos que cancelar o curso por completo porque, em que pese a gentileza dos donos daquele espaço (Sebinho), eles não dispunham de horário para além das nove horas da noite; nós teríamos que interromper a atividade antes das nove; como nos restava um tempo exíguo, de apenas uma hora e meia para a aula+debate, preferimos optar por continuar nossa procura por outro local para a realização do Curso.
Pretendemos, através deste comunicado:
1) Avisar a todos a respeito do adiamento do referido Curso por motivo de força maior (espaço ou local para as aulas).
2) Fazer aqui o apelo a que nos ajudem a conseguir um espaço na Asa Norte para a realização deste Curso e, em caso positivo, que se comunique comigo.
Fraternalmente, Gilson Dantas

(Obs = Informamos a todos que tem sido dificílimo conseguir um local na UnB oficialmente; já tentei das mais diversas formas sem sucesso)

Curso de Introdução a O capital - um enfoque popular

Curso de O capital em Goiânia
Está sendo organizado para os dias 22 e 29 de novembro de 2008 (sábados pela manhã) duas palestras-debate sobre O capital a serem realizadas em Goiânia para estudantes e trabalhadores. Serão realizadas em local ainda a ser confirmado (possivelmente em um sindicato de trabalhadores).
O curso, em dois encontros, está aberto a todos os interessados e é gratuito, com certificado de participação.
Compareça e se familiarize com uma introdução didática e sintética aos tres volumes de O capital, obra-prima de Karl Marx e que tem importância fundamental inclusive para construir uma visão mais profunda sobre os problemas da atual crise econômica mundial.
Gilson Dantas - facilitador do Curso

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Seminário sobre Lógica Dialética

Foi realizado neste sábado (dia 11 de outubro 2008) o Seminário sobre Lógica Dialética, com rico debate após palestra de abertura sobre o tema.
Foram abordados temas como características da lógica dialética, suas leis, sua relação com a lógica formal, seu potencial como ferramenta de análise, os riscos do seu mau uso (ultra-relativismo por exemplo), seu uso diferenciado quando se trata de sociedades humanas, históricas, em relação à dialética da natureza, a dialética em bases materialistas, seu compromisso com o real em movimento, sua força na explicação do movimento das coisas e dos processos, sua onipresença nas ciencias da natureza, sua necessidade - sem mecanicismo, sem ´naturalização´ da sociedade - nas ciencias sociais. Dialética e revolução social. Dialética e marxismo. Dialética e os maus dialéticos.
Coordenado por Gilson Dantas (doutor em sociologia pela UnB) este seminário sintetizou e ampliou os dois encontros realizados em setembro passado na UnB do curso sobre As duas lógicas (Lógica formal e lógica dialética).




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Atenção: Ainda em outubro, haverá seminário sobre a crise econômica mundial em local e hora a serem confirmados. E, no início de novembro, curso introdutório em três aulas sobre teorias da crise no capitalismo (baseado em textos de Paula Bach, Coggiola, Luiz Martins e Louis Gill). Interessados no seminário e/ou no curso, contactar Gilson Dantas pelo email dantas_dr@yahoo.com.br

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sábado, 4 de outubro de 2008

Curso sobre Alienação & Marx


Curso Introdutório:
Alienação na sociedade contemporânea & Marx

A alienação dos indivíduos, de uns em relação aos outros, a alienação da espécie humana e da humanidade em relação a si própria (como espécie humana e como humanidade), a alienação dos seres humanos em relação à natureza e à sua própria atividade produtiva: nada disso é fatalidade nem produto de forças metafísicas ou naturais. Segundo Marx, trata-se de formas de auto-alienação historicamente superáveis.

Este será o tema do Curso em três encontros (aula+seguida de debate) a serem realizados às quartas-feiras, às 18:30h no Sebinho (SCLN 406 Norte bloco C). Primeiro encontro nesta quarta, dia 9 de outubro. Não há pré-requisitos além da vontade de aprender/ensinar, o curso é gratuito e fornece certificado de participação.


I – O que é alienação. O que provoca a alienação (parte I).
Alienação e senso comum. O processo de hominização: o homem separando-se da natureza através do trabalho. Sociedade moderna: o trabalho separando o homem de si mesmo.

II – O que provoca a alienação (parte II). O que a alienação provoca (parte I)?
O trabalho como mercadoria. Capitalismo. Mecanismos e exemplos da alienação na vida moderna.

III – O que a alienação provoca? (II parte). O caráter contraditório da alienação.
O combate à alienação. Interrogações.


A referência básica deste Curso essencialmente introdutório, aberto a estudantes (a partir do 2º.grau) e trabalhadores, será o livro no. 14 da Coleção Primeiros Passos intitulado O que é alienação, de Wanderley Codo, Editora Brasiliense, São Paulo, 96 páginas. Engels, Bensaid, Alan Woods, Caudwell, Mészàros, L.Konder, Lukács, Gramsci, J.P.Netto e sobretudo Karl Marx serão outras indicações de leitura para quem desejar aprofundar o entendimento do tema após este Curso básico e popular.

Brasília, 4 outubro 2008

Gilson Dantas (doutor em Sociologia pela UnB)
NPM-UEG (Núcleo de Pesquisas Marxistas – UEG)
CEPESB (Centro de Pesquisas e Estudos Sociais de Brasília)

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Curso/seminário Introdução à Lógica: segundo encontro (Dialética)


Lógica dialética. Este foi o tema do encontro de hoje, dia 10/9, do grupo de estudos do tema. Após uma exposição que tratou, dentre outros, do tema da história social da dialética (ou dimensão histórica do seu surgimento), a dialética como uma lógica especial do movimento, da mudança, dos processos onde reina a mudança qualititativa após a mudança quantitativa, a negação da negação, o contraditório como explicação do movimento etc, discutiu-se a dialética em Hegel, em Marx, em O capital, em processos históricos e da natureza.

O debate que se seguiu à explanação foi vivo, as perguntas permitiram que se avançasse mais no tema e retomaram o problema do acúmulo de quantidades e o salto, a lógica indutiva, da dialética na história e na natureza, da língua-lógica formal-lógica dialética, fenomenologia (e Husserl) versus lógica dialética, classe operária como sujeito ´consumista´ e adaptado, máquinas substituindo homens, dispersão mundial do capital e dialética, centralidade do proletariado, burocracias, dialética e previsão histórica etc.

Entendemos que será necessário mais um encontro dentro do mesmo tema, para aprofundá-lo e ficou combinado um último seminário especificamente sobre lógica dialética para o dia 11 de outubro próximo, sábado, às 15 horas, na entrada do DCE da UnB, entrada norte do minhocão. Aí então encerraremos este curso/seminário, com três encontros. E com certificado.

Naquele dia 11, portanto, das 3 às 6 horas da tarde, realizaremos o seminário, para o qual estão convidados não apenas os participantes deste Curso sobre ´as duas lógicas´como qualquer estudante ou trabalhador interessado no debate sobre a maneira dialética de pensar. Teremos um texto na pasta do xerox do Ceubinho, especial para aquele seminário do dia 11/10, versando sobre dialética (pasta 203, prof. Gilson Dantas).

Em outubro terá início o Curso sobre Alienação na sociedade contemporânea e Marx, às quarta-feiras à noite (19h), nos dias 8, 15 e 22. Aguardem confirmação. Os interessados neste Curso e no Curso deste semestre de Introdução a O capital podem comunicar-se com o e-mail dantas_dr@yahoo.com.br Abraço a todos, G.Dantas

Primeiro encontro Curso/Seminário Introdução à Filosofia: as duas lógicas

Dia 3/9 às 16 horas, tivemos a primeira aula do Curso de Introdução à Filosofia (Duas lógicas: formal e dialética) com a participação de 15 estudantes, na UnB, com um debate que se estendeu até às 18:30 horas, após preleção inicial sobre o que é o pensamento lógico, características da lógica formal, sua relação com a dialética, suas limitações.
Foram debatidas questões como a dialética de Hegel e sua posição política conservadora, Kant e a ética dogmática, Marx e o determinismo, Marx e o igualitarismo, Marx e a individualização, a natureza supostamente egoísta do ser humano, Marx e seu ´racionalismo´(e ´utopismo´), o ´sistema ´de Marx e sua atualidade, Hegel e Pitágoras, princípio da incerteza da física e dialética, teorias climáticas e dialética. Próximo encontro: a lógica dialética (histórico, sua natureza, sua importância). Compareça. Os textos para acompanhamento do Curso estão no xerox do Ceubinho, na entrada norte da UnB.
Fraternalmente, Gilson Dantas (facilitador do curso/seminário)

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

LIVRO: LANÇAMENTO




Foi lançado o livro ao lado, com textos básicos de autores clássicos que resumem, de forma didática, a obra-prima de Marx, O capital. A intençao deste pequeno livro é a de permitir - especialmente àqueles que náo leram ainda O capital - uma breve apresentaçao e resumo das idéias centrais da crítica da economia política de Marx (O capital) através da pena de quem realmente leu com proveito e profundidade a Marx.

Os resumos incorporados neste livro sao de Engels, Lenin, Rosa Luxemburgo e Trotski e estáo, em geral, em linguagem accessível, pelo menos mais fácil do que em O capital. Trata-se, neste caso, de uma leitura é estimulante para todo aquele que pretenda conhecer o pensamento marxista clássico. E uma boa entrada para a obra integral, esta imperdível. G.Dantas

domingo, 27 de julho de 2008

Novos cursos no segundo semestre

Registramos o final do curso semestral de Introduçao a O capital depois de vários encontros.
Valeu a pena. Neste semestre tem mais. Vamos organizar dois grupos de Introduçäo a O capital e mais dois outros cursos, o primeiro sobre "História da riqueza do homem e da desigualdade social" e o outro sobre "A alienaçâo na sociedade contemporânea, segundo Marx".
Os interessados já podem reservar sua inscriçäo. Os cursos estáo previstos para começar na última semana de agosto 2008.
G.Dantas

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Mais-valia absoluta e relativa

Foi realizado ontem, dia 25 de junho, o encontro do Grupo onde debatemos a questão da mais-valia absoluta e mais-valia relativa, além da jornada de trabalho e, também uma breve recapitulação de todos os tópicos anteriores. O tema, abstrato, exigiu várias pontuações e gerou bom debate.
Marcamos o novo encontro para o dia 9 de julho, quarta-feira, às 19 horas, no mesmo anfiteatro (19), quando fecharemos o Livro primeiro discutindo o tema da acumulação do capital além de cooperação, divisão do trabalho e máquinas. Até lá pretendemos reprogramar novos Grupos para o segundo semestre.
Gilson Dantas

domingo, 22 de junho de 2008

EM BREVE: Novo Curso de Economia Política


No segundo semestre:
Curso de
Introdução ao estudo da economia política


Introdução
As formas do trabalho e a história O trabalho na história
Uma atividade vital Trabalho e natureza humana
O cérebro, a mão, o trabalho Trabalhando para não trabalhar
O reino da liberdade.................................................................................16 páginas

Capítulo 1
A economia como ciência
O assombro, a aparência e a essência
Teoria e algo mais, cada vez mais: o movimento Absoluto e relativo, materialismo e especulação
A ciência como economia e a ciência social ............................................12 páginas

Capítulo 2
A anatomia da sociedade moderna

As três fontes A história, a economia e seu mistério
O trabalho do homem O trabalho alienado ...................12 páginas

Capítulo 3
Trabalho alienado e mercadoria
Tudo ao contrário A superação do trabalho como alienação
O que é isto a que chamam de ´mercadoria?
Compreender o valor.................................................................................11 páginas

Capítulo 4
O capital como relação social
Possuidores e despossuídos contemporâneos O conteúdo da relação capitalista A expropriação do capital............................................7 páginas

Capítulo 5
A mais-valia e a lei do valor
História de um problema De Smith e Ricardo a Marx: a solução
Mais-valia e, novamente, a alienação
A fórmula do valor (resumo).......................................................................9 páginas

Capítulo 6
O lucro e o fundamento da decadência capitalista.

Mais-valia e lucro Valor e preço: a transformação
A queda tendencial da taxa de lucro O limite do capital .....................9 páginas

[Esta é a parte básica de um curso que tem continuidade com a segunda parte ou avançada]

Livro-base: Las formas del trabajo y la historia: una introducción al estudio de la economía política, do prof. Pablo Rieznik, da Universidade de Buenos Aires, 2003, Editorial Biblos.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

O mistério do trabalho na sociedade capitalista




A mais-valia em frases curtas
(ou: a exploração do trabalho em frases telegráficas):

Quando estudamos mais-valia pensamos no trabalho não pago.
E pensamos que mesmo que o capitalista venda a mercadoria pelo seu valor, ou seja em troca da cristalização da quantidade total de trabalho nela empenhado, cobrando apenas os ´custos´, ele sai lucrando.
O custo da mercadoria para o capitalista e seu custo real são coisas diferentes.
A novidade portanto é que o capitalista lucra vendendo a mercadoria pelo seu valor real (não precisa cobrar mais para lucrar).

A teoria da mais-valia de Marx resolve esse mistério, ou seja, o mistério de como o trabalho é explorado na sociedade capitalista.
Vamos resumir todo o processo em frases curtas:

"O sistema capitalista se ocupa da produção de artigos para a venda, ou de mercadorias.

O valor de uma mercadoria é determinado pelo tempo de trabalho socialmente necessário encerrado na sua produção.

O trabalhador não possui os meios de produção (terra, ferramentas, fábricas etc.).

Para viver, ele tem de vender a única mercadoria de que é dono, sua força de trabalho.

O valor de sua força de trabalho, como o de qualquer mercadoria, é o total necessário à sua reprodução - no caso, a soma necessária para mantê-lo vivo.

Os salários que lhe são pagos, portanto, serão iguais apenas ao que é necessário à sua manutenção.

Mas esse total que recebe, o trabalhador pode produzir em parte de um dia de trabalho.
Isso significa que apenas parte do tempo estará trabalhando para si.

O resto do tempo, estará trabalhando para o patrão.

A diferença entre o que o trabalhador recebe de salário e o valor da mercadoria que produz, é a mais-valia.

A mais-valia fica com o empregador - o dono dos meios de produção.

É a fonte do lucro, juro, renda - as rendas das classes que são donas.

A mais-valia é a medida da exploração do trabalho no sistema capitalista”.

(Transcrito das pp. 232-33 de História da Riqueza do Homem, Leo Huberman, 1983)

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Grupo de O capital realizou novo encontro

O nosso Grupo, com presença de cinco dos seus membros, reuniu-se para discutir os temas pré-estabelecidos na vez passada (mercadoria, dinheiro e capital;como nasce o capital).

Muitos não puderam ler o material para o debate e outros não puderam comparecer.
A discussão focalizou o tema da mercadoria (valor de uso, valor de troca) e como surge o dinheiro como forma de mercadoria, também discutimos gênese do capital industrial, além de termos caminhado em outras direções ´fora´ da pauta, como por exemplo, por que surgiu a propriedade privada, porque o ´socialismo´ não funcionou no século XX, se a natureza humana é eterna (eternamente ambiciosa e egoísta), sobre mudança do individuo versus mudança da sociedade, sobre revolução social isolada e revolução social expandida (mundial) e assim por diante.

A noção de valor de troca, dinheiro e capital discutida no grupo terá prosseguimento no próximo encontro, quando serão debatidos os capítulos III e IV (a jornada de trabalho; a mais-valia relativa).

É importantíssimo retomar, estudar e reiterar no próximo encontro o entendimento e o estudo sobre a mais-valia absoluta (capítulo II: Como nasce o capital) para que tenhamos um bom entendimento da questão da mais-valia relativa. Esta é a nossa recomendação para o próximo encontro, que ficou marcado para a quarta-feira, dia 25 de junho, às 19 horas no mesmo anfiteatro (19) na UnB, ala norte.

Você pode ingressar no Grupo a qualquer momento; no início de cada encontro faremos uma síntese do que foi estudado até ali.

Gilson Dantas

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Mercadoria, alienação, mais-valia



De acordo com Marx, no "capitalismo o operário produz mais para o seu patrão do que o seu próprio custo para a sociedade, e o capitalismo se apresenta necessariamente como um regime econômico de exploração, sendo a mais-valia a lei fundamental do sistema.
A força vendida pelo operário ao patrão vai ser utilizada não durante 6 horas, mas durante 8, 10, 12 ou mais horas. A mais-valia é constituída pela diferença entre o preço pelo qual o empresário compra a força de trabalho (6 horas) e o preço pelo qual ele vende o resultado (10 horas por exemplo). Desse modo, quanto menor o preço pago ao operário e quanto maior a duração da jornada de trabalho, tanto maior o lucro empresarial.

No capitalismo moderno, com a redução progressiva da jornada de trabalho, o lucro empresarial seria sustentado através do que se denomina mais-valia relativa (em oposição à primeira forma, chamada mais-valia absoluta), que consiste em aumentar a produtividade do trabalho, através da racionalização e aperfeiçoamento tecnológico, mas ainda assim não deixa de ser o sistema semi-escravista, pois "o operário cada vez se empobrece mais quando produz mais riquezas", o que faz com que ele "se torne uma mercadoria mais vil do que as mercadorias por ele criadas".

Assim, quanto mais o mundo das coisas aumenta de valor, mais o mundo dos homens se desvaloriza.

Ocorre então a alienação, já que todo trabalho é alienado, na medida em que se manifesta como produção de um objeto que é alheio ao sujeito criador. O raciocínio de Marx é muito simples: ao criar algo fora de si, o operário se nega no objeto criado.

É o processo de objetificação. Por isso, o trabalho que é alienado (porque cria algo alheio ao sujeito criador) permanece alienado até que o valor nele incorporado pela força de trabalho seja apropriado integralmente pelo trabalhador.

Em outras palavras, a produção representa uma negação, já que o objeto se opõe ao sujeito e o nega na medida em que o pressupõe e até o define. A apropriação do valor incorporado ao objeto graças à força de trabalho do sujeito-produtor, promove a negação da negação. Ora, se a negação é alienação, a negação da negação é a desalienação" (Agradecimentos ao site do IPSEC).

Ge Dantas

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Coisas, pessoas e mercadorias


Só no capitalismo as relações de produção deixam de ser, sobretudo, uma relação entre pessoas (como era entre senhor e escravo, senhor e vassalo) e passam a ser uma relação entre coisas.
O operário vende ao patrão por mês o uso da sua força de trabalho por 200 horas e o patrão retribui 100 reais ao operário por mês; o que está aqui evidente e superposto é uma relação entre coisas. Os dois “agentes econômicos” são, aqui, sobretudo veículos de uma relação entre mercadorias (força de trabalho versus dinheiro).
Não era assim antes do capitalismo. O que havia na escravidão era uma relação óbvia de exploração onde o escravo produzia para seu patrão “em troca” da proteção, etc. que este lhe propiciava.
O capitalismo disfarça a exploração tornando a relação de produção uma relação entre coisas, uma troca de mercadorias. A relação é a de mercadoria força de trabalho frente a frente com a mercadoria dinheiro que o patrão ofereça (no mercado).
G.Dantas

domingo, 1 de junho de 2008

COMUNICADO GERAL AOS COMPANHEIROS QUE AINDA NÃO PARTICIPAM DO NOSSO GRUPO

O capital: Grupo de Estudos em Brasília

Junho 2008
Comunicamos a todos a volta ao funcionamento do Grupo de Estudos de O capital que se reúne na UnB às quarta-feiras à noite.
Nosso ponto de partida é o livro que resume O capital (livro de Carlo Cafiero, O capital uma leitura popular, que, por sua vez, concentra o Livro primeiro da obra prima de Marx).

Neste mês de junho discutiremos as seções I e II (Mercadoria e dinheiro; A transformação do dinheiro em capital). Em maio trabalhamos o tema da chamada acumulação primitiva – ou pré-história do capitalismo – com boas discussões.

Pretendemos organizar um segundo Grupo de O capital, em dia diferente da semana, no próximo semestre. Para o maior rendimento dos debates é importante a boa leitura prévia e também que aqueles que têm tempo e condições, contribuam ao debate a partir de reflexões próprias, de outros textos e experiências em torno do tema. Textos adicionais estarão disponíveis na nossa pasta coletiva na UnB.


Outras atividades: ______________________________________________________
Para efeitos da leitura integral de O capital de Marx, será organizado um Grupo específico mais adiante, em torno dos três livros.

Dois seminários serão organizados no segundo semestre, um sobre A atualidade de O capital, o outro, uma palestra-debate em torno de Marx: vida e obra (em lembrança aos 190 anos do nascimento de Marx).

Também está previsto para agosto seminário-debate sobre a Crise econômica internacional: um olhar marxista.

E, em breve, provavelmente no auditório do Sindicato dos Médicos, promoveremos a projeção do filme SICKO-SOS Saúde, de Michael Moore acompanhado de debate.
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G.Dantas (coordenador do Grupo)

(membro do Instituto Karl Marx DF – IKMDF e do Núcleo de Pesquisas Marxistas da UEG)

quinta-feira, 29 de maio de 2008

ENCONTRO DO GRUPO REALIZADO DIA 28

Com a participação de seis dos seus membros o segundo encontro do Grupo de Estudos de O capital realizou a discussão do texto de O capital (resumido por Cafiero) que trata da questão da acumulação primitiva do capital (parte da seção VII do 1o. tomo de "O capital" de Marx).

No debate, de duas horas, trabalhamos o contexto histórico em que surgem as duas premissas para ocapitalismo (e para a revolução industrial capitalista) ou seja, as primeiras massas de capitais e, sobretudo, a força de trabalho ´livre´, o proletariado.

Muito sangue e sofrimento humano de servos, camponeses e escravos, a expropriação violenta dos trabalhadores do campo pelos donos de terra na Inglaterra (primeiro país a superar o feudalismo) e o saque colonial de escravos, matérias-primas e metais preciosos estão na origem desse modo de produção em que hoje vivemos.
Causas, consequências e dinâmica desse processo histórico foram examinadas pelo grupo com boas questões sendo levantadas por todos.

Próximo encontro: dia 11 de junho próximo, às 19 horas, no anfiteatro 19 da UnB (ala norte do minhocão), para discussão dos temas 1) mercadoria e dinheiro e 2) transformação do dinheiro em capital, ou seja, capítulos 1 e 2 do livro de Cafiero (e que correspondem às seções I e II do Tomo 1 de "O capital" de Karl Marx).
Boa leitura!!!

G.Dantas
PS - Com a ajuda de um dos membros do grupo (Felipe) vamos procurar escanear e postar neste blog parte de um texto que resume o tema mercadoria, dinheiro, capital de forma didática (escrito por Leo Huberman). Será um aporte ao tema em debate. Outras sugestões serão levadas em conta.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

quarta-feira: encontro confirmado

Confirmado o nosso encontro nesta quarta, 28/5/08, às 19 horas no mesmo anfiteatro, na UnB, abraço, G. Dantas
(O tema: "A chamada acumulação primitiva do capital" ou: como se formaram os primeiros grandes capitais na sociedade que evoluía rumo ao capitalismo).

domingo, 18 de maio de 2008

Próximo encontro: A acumulação primitiva do capital

O livro que Cafiero resume foi o único dos três volumes que formam O capital que foi concluído por Marx e publicado integralmente com ele ainda em vida.

Nele Marx irá tratar do capital na sua relação direta de exploração da força de trabalho assalariado. Para tanto, parte do conceito de mercadoria e de dinheiro, passa pelos processos de troca e de transformação do dinheiro em capital, chegando à apropriação da mais-valia, que é o ponto central de sua teoria. Para Marx, a modalidade determinante do capital é o capital industrial, já que é apenas ele é o responsável pelo processo de criação da mais-valia. Está fundado na fábrica e daqui deriva o processo de criação e acumulação do capital.

Mercado e o dinheiro, a transformação do dinheiro e a produção da mais-valia, são temas do primeiro tomo do livro primeiro. No segundo tomo do mesmo livro, Marx parte da maquinaria e da grande indústria, sua investigação desloca-se para a fábrica e vai até o processo geral de acumulação do capital. Mostra-nos a relação entre o trabalhador e a máquina e, principalmente, como varia o preço - ou a grandeza do preço - da força de trabalho. Argumenta, de diferentes formas, em torno da mais-valia e do salário.

Do salário, retorna aos processos de acumulação e de transformação da mais-valia em capital, concluindo dessa forma a lei geral da acumulação capitalista, na qual a busca de força de trabalho pelos patrões está articulada com a acumulação do capital e sua composição.

Estamos no final do livro. Ao final, no capítulo XXIV (são XXV ao todo) analisa a assima chamada acumulação primitiva do capital, a formação histórica do capital comercial e industrial.

Este capítulo será o tema do nosso próximo encontro e, no livro de Cafiero é numerado como capítulo X ou ´A acumulação primitiva´ (dá um total de 17 páginas em Cafiero e dobro no livro de Marx).
Boa leitura a todos. Comparem com Marx, comparem com outros resumos. Vamos ao debate, parte mais rica dos nossos encontros. Até quarta-feira, dia 28 de maio próximo. Abraço.

G.Dantas

sexta-feira, 16 de maio de 2008

PRIMEIRO ENCONTRO REALIZADO

Primeiro encontro de trabalho do Grupo de Estudos de O capital na UnB
14/5/08
Com a presença de oito participantes, começou hoje nosso trabalho de leitura de O capital. O encontro foi sumamente produtivo. Foram enfocadas questões em torno da obra de Marx, a sua forma de exposição, que problemas O capital se propõe a examinar e como ele pode ser uma ferramenta para a compreensão da sociedade contemporânea, seu funcionamento e sua tendência ao acirramento de graves contradições econômicas e sociais.
Ao final foram levantadas questões, dentre outras, sobre economia em Marx, metafísica, utopia, método de análise neutro ou não; programamos nossa próxima reunião (com ponto de encontro no anfiteatro 19 da UnB, dia 28/5, quarta-feira, às 19 horas) e o tema:
Capítulo XXIV de O capital (A acumulação primitiva) mais prefácio e cartas de Marx a Cafiero e vice-versa.
G. Dantas (moderador do Grupo)

PS – Foram deixados na minha pasta (pasta 203, prof.Gilson Dantas) da UnB, no xerox do Ceubinho, ala norte, dois textos suplementares (são resumos daquele capítulo realizados por outros autores).
PS – O Grupo continua aberto a novos participantes que podem ingressar a qualquer momento. O próximo encontro será a primeira discussão de texto de O capital, com o capítulo acima mencionado conforme escolha no Grupo.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

CONFIRMADO O ENCONTRO DA QUARTA-FEIRA

Amigos do grupo de estudos de O capital:
está confirmado nosso encontro para o dia 14.

Vamos nos encontrar, conforme o combinado, às 18:30, do próximo dia 14 de maio, quarta-feira, lá na livraria do Chiquinho, ala norte do minhocão.

Abraço, G.Dantas

terça-feira, 6 de maio de 2008

Marx e O capital


190 anos do nascimento de Marx (1818-1883)

Neste ano em que se comemora os 190 anos do nascimento e 160 anos da publicação do Manifesto do Partido Comunista de Marx, faz-se necessário retomar o debate em torno de Marx e sua obra. Este novo Grupo de Discussão de O capital faz parte desse esforço.

O Capital é uma obra subdividida em três temas (ou volumes):
O desenvolvimento da produção capitalista.
O processo de circulação do capital.
O processo do conjunto da produção capitalista. O Capital é um texto eminentemente crítico e revolucionário.

Para Marx, o objetivo final de O Capital é “desvendar a lei econômica do movimento da sociedade moderna” (Prefácio, 1ª edição, alemã, volume 1, O Capital).
Refere-se à lei ou leis que se realizam “com uma necessidade de ferro”. A base, o fundamento ou os pressupostos da lei são os antagonismos sociais em seu movimento; estes engendram – e podem abolir – as leis. Mas o foco de O Capital são as próprias leis. Naquele Prefácio (1ª edição, alemã, volume 1, O Capital), Marx declara, referindo-se ao seu livro, de que “não se trata aqui do movimento mais ou menos completo dos antagonismos sociais que engendram as leis naturais da produção capitalista, mas dessas próprias leis, das tendências que se realizam com uma necessidade de ferro”. O Capital foi publicado (1. volume) em 1867.

O capitalismo nasce, se fortalece e declina. Na época de Marx o sistema se fortalecia economicamente; hoje ele se debate em contradições profundas e destrutivas. As determinações econômicas que o explicam – segundo Marx - também revelam sua tendência à decrepitude, à senescência em escala histórica. Neste processo, aquelas determinações (seu dinamismo econômico endógeno) provocam, imperiosamente, o impasse: ou os trabalhadores enterram o capitalismo – e com ele as relações coisificadas e alienadas do assalariato – ou o sistema, em degenerescência senil arrasta consigo a humanidade para a barbárie nuclear, ecológica e fratricida.

Ler O Capital é compreender essa transitoriedade a partir das relações econômicas. Estas entendidas como fundadas na relação de exploração assalariada e suas determinações. O estudo do O Capital permite desvendar essa lógica da sociedade capitalista que, que um só tempo é econômica – este é seu fundamento –, mas sem deixar de ser de exploração da classe que só tem o seu trabalho por aquela classe detentora do capital, portanto dos meios de produção.

Estudar O Capital é entender em suas determinações essenciais a relação social de produção de cujo entendimento depende a nossa capacidade de empreendermos o estudo da sociedade atual indo além das aparências, sem nos perdermos em aspectos empíricos e secundários – como preço, moeda – incapazes de trazer ordem racional e profunda ao todo, incapazes de abarcar a transitoriedade e a necessidade de revolucionar o todo, o sistema.

Ge Dantas

PALESTRA E LANÇAMENTO DE LIVRO



ESTADOS UNIDOS, MILITARISMO E ECONOMIA DA DESTRUIÇÃO
(Belicismo norte-americano e crise do capitalismo contemporâneo)



Através de palestra seguida de debate será lançado o livro EUA, militarismo e economia da destruiçao por Gilson Dantas, doutor em sociologia pela UnB e autor do livro. Nesta oportunidade serão abordados problemas como os colossais gastos militares dos Estados Unidos, sua agressiva política internacional.


Também serão lançados mais dois livros Os valores na sociedade moderna e A esfera artística: Marx, Weber, Bourdieu e a sociologia da arte, com a presença do autor, Nildo Viana, também doutor em sociologia pela UnB que debaterá seus temas.


Estão convidados todos os interessados no tema, estudantes, trabalhadores, professores e pessoas em geral.

Informações: dantas_dr@yahoo.com.br e nildoviana@terra.com.br

sexta-feira, 2 de maio de 2008

NOVO GRUPO SERÁ FORMADO





SALVE AMIGOS:




Será iniciado um novo Grupo de Estudos de O capital daqui a poucos dias.


Nosso encontro inicial será na UnB, no dia 14 de maio próximo, quarta-feira, às 18:30 horas lá no Minhocão, Ala Norte, precisamente na Livraria do Chiquinho. Dali iremos para uma sala onde nos conheceremos a todos, teremos uma palestra de 40 minutos sobre Karl Marx, sua vida e O capital.
Em seguida, após nos apresentarmos a todos, organizaremos, em comum, as melhores datas e horários para nossos encontros. O programa de estudos a ser seguido em uma primeira etapa será em torno do livro "O capital, uma leitura popular" de Carlo Cafiero cujo índice encontra-se postado neste blog logo abaixo.

Compareça e convide qualquer outro (a) interessado. O Grupo é livre. O pré-requisito é a sua vontade de aprender o pensamento crítico de Marx.
G. Dantas



Abraço, Gilson Dantas

domingo, 16 de março de 2008

Convidamos aos interessados (estudantes, trabalhadores em geral e professores) em participar de um curso em seis aulas sobre O capital de Marx baseado no livro O capital: uma leitura popular de Carlo Cafiero. Haverá abertura do curso com palestra-debate, realizada pelo coordenador do Curso, Gilson Dantas com o tema Atualidade de O capital de Marx.



Conteúdo do Curso:

Livro de Cafiero – O capital: uma leitura popular - que resume em 120 páginas e de forma accessível o primeiro volume de O capital:

1ª. Aula: Cap X do livro de Cafiero – A acumulação primitiva do capital (mais Capítulo
XXIV de O capital, de Marx) + Prefácio+ Carta de Cafiero a Marx+carta de Marx a Cafiero.
2ª. Aula: capítulos I e II de Cafiero: Mercadoria, dinheiro, riqueza e capital – Como nasce o
capital.
3ª. Aula: capítulos III e IV de Cafiero: A jornada de trabalho – A mais-valia relativa.
4ª. Aula: capítulos V e VI de Cafiero: Cooperação – Divisão do trabalho e manufatura.
5ª. Aula: capítulos VII, VIII e IX de Cafiero: Máquina e grande indústria – O salário –
Acumulação do capital.
6ª. Aula: capitulo X de Cafiero (A acumulação primitiva)+ Considerações Finais. Revisão
Geral.

G.Dantas