quinta-feira, 5 de junho de 2008
Coisas, pessoas e mercadorias
Só no capitalismo as relações de produção deixam de ser, sobretudo, uma relação entre pessoas (como era entre senhor e escravo, senhor e vassalo) e passam a ser uma relação entre coisas.
O operário vende ao patrão por mês o uso da sua força de trabalho por 200 horas e o patrão retribui 100 reais ao operário por mês; o que está aqui evidente e superposto é uma relação entre coisas. Os dois “agentes econômicos” são, aqui, sobretudo veículos de uma relação entre mercadorias (força de trabalho versus dinheiro).
Não era assim antes do capitalismo. O que havia na escravidão era uma relação óbvia de exploração onde o escravo produzia para seu patrão “em troca” da proteção, etc. que este lhe propiciava.
O capitalismo disfarça a exploração tornando a relação de produção uma relação entre coisas, uma troca de mercadorias. A relação é a de mercadoria força de trabalho frente a frente com a mercadoria dinheiro que o patrão ofereça (no mercado).
G.Dantas
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