190 anos do nascimento de Marx (1818-1883)
Neste ano em que se comemora os 190 anos do nascimento e 160 anos da publicação do Manifesto do Partido Comunista de Marx, faz-se necessário retomar o debate em torno de Marx e sua obra. Este novo Grupo de Discussão de O capital faz parte desse esforço.
O Capital é uma obra subdividida em três temas (ou volumes):
Neste ano em que se comemora os 190 anos do nascimento e 160 anos da publicação do Manifesto do Partido Comunista de Marx, faz-se necessário retomar o debate em torno de Marx e sua obra. Este novo Grupo de Discussão de O capital faz parte desse esforço.
O Capital é uma obra subdividida em três temas (ou volumes):
O desenvolvimento da produção capitalista.
O processo de circulação do capital.
O processo do conjunto da produção capitalista. O Capital é um texto eminentemente crítico e revolucionário.
Para Marx, o objetivo final de O Capital é “desvendar a lei econômica do movimento da sociedade moderna” (Prefácio, 1ª edição, alemã, volume 1, O Capital).
Refere-se à lei ou leis que se realizam “com uma necessidade de ferro”. A base, o fundamento ou os pressupostos da lei são os antagonismos sociais em seu movimento; estes engendram – e podem abolir – as leis. Mas o foco de O Capital são as próprias leis. Naquele Prefácio (1ª edição, alemã, volume 1, O Capital), Marx declara, referindo-se ao seu livro, de que “não se trata aqui do movimento mais ou menos completo dos antagonismos sociais que engendram as leis naturais da produção capitalista, mas dessas próprias leis, das tendências que se realizam com uma necessidade de ferro”. O Capital foi publicado (1. volume) em 1867.
O capitalismo nasce, se fortalece e declina. Na época de Marx o sistema se fortalecia economicamente; hoje ele se debate em contradições profundas e destrutivas. As determinações econômicas que o explicam – segundo Marx - também revelam sua tendência à decrepitude, à senescência em escala histórica. Neste processo, aquelas determinações (seu dinamismo econômico endógeno) provocam, imperiosamente, o impasse: ou os trabalhadores enterram o capitalismo – e com ele as relações coisificadas e alienadas do assalariato – ou o sistema, em degenerescência senil arrasta consigo a humanidade para a barbárie nuclear, ecológica e fratricida.
Ler O Capital é compreender essa transitoriedade a partir das relações econômicas. Estas entendidas como fundadas na relação de exploração assalariada e suas determinações. O estudo do O Capital permite desvendar essa lógica da sociedade capitalista que, que um só tempo é econômica – este é seu fundamento –, mas sem deixar de ser de exploração da classe que só tem o seu trabalho por aquela classe detentora do capital, portanto dos meios de produção.
Estudar O Capital é entender em suas determinações essenciais a relação social de produção de cujo entendimento depende a nossa capacidade de empreendermos o estudo da sociedade atual indo além das aparências, sem nos perdermos em aspectos empíricos e secundários – como preço, moeda – incapazes de trazer ordem racional e profunda ao todo, incapazes de abarcar a transitoriedade e a necessidade de revolucionar o todo, o sistema.
Ge Dantas
Para Marx, o objetivo final de O Capital é “desvendar a lei econômica do movimento da sociedade moderna” (Prefácio, 1ª edição, alemã, volume 1, O Capital).
Refere-se à lei ou leis que se realizam “com uma necessidade de ferro”. A base, o fundamento ou os pressupostos da lei são os antagonismos sociais em seu movimento; estes engendram – e podem abolir – as leis. Mas o foco de O Capital são as próprias leis. Naquele Prefácio (1ª edição, alemã, volume 1, O Capital), Marx declara, referindo-se ao seu livro, de que “não se trata aqui do movimento mais ou menos completo dos antagonismos sociais que engendram as leis naturais da produção capitalista, mas dessas próprias leis, das tendências que se realizam com uma necessidade de ferro”. O Capital foi publicado (1. volume) em 1867.
O capitalismo nasce, se fortalece e declina. Na época de Marx o sistema se fortalecia economicamente; hoje ele se debate em contradições profundas e destrutivas. As determinações econômicas que o explicam – segundo Marx - também revelam sua tendência à decrepitude, à senescência em escala histórica. Neste processo, aquelas determinações (seu dinamismo econômico endógeno) provocam, imperiosamente, o impasse: ou os trabalhadores enterram o capitalismo – e com ele as relações coisificadas e alienadas do assalariato – ou o sistema, em degenerescência senil arrasta consigo a humanidade para a barbárie nuclear, ecológica e fratricida.
Ler O Capital é compreender essa transitoriedade a partir das relações econômicas. Estas entendidas como fundadas na relação de exploração assalariada e suas determinações. O estudo do O Capital permite desvendar essa lógica da sociedade capitalista que, que um só tempo é econômica – este é seu fundamento –, mas sem deixar de ser de exploração da classe que só tem o seu trabalho por aquela classe detentora do capital, portanto dos meios de produção.
Estudar O Capital é entender em suas determinações essenciais a relação social de produção de cujo entendimento depende a nossa capacidade de empreendermos o estudo da sociedade atual indo além das aparências, sem nos perdermos em aspectos empíricos e secundários – como preço, moeda – incapazes de trazer ordem racional e profunda ao todo, incapazes de abarcar a transitoriedade e a necessidade de revolucionar o todo, o sistema.
Ge Dantas