domingo, 6 de dezembro de 2009
CLUBE DE LEITURA
Faça a leitura de um bom livro marxista nas férias
A ecologia de Marx
O Cepesb (Centro de Estudos e Pesquisas Sociais de Brasília) e a revista Contra a Corrente convidam aos interessados em fazer a leitura coletiva (em grupo pequeno) durante as férias do livro A ecologia de Marx, de Bellamy Foster. Os interessados podem entrar em contacto com o Cepesb e inscrever-se com o prof. Gilson Dantas (doutor em Sociologia pela UnB), por meio do telefone 81657840 ou do e-mail dantasgdantas@hotmail.com . Qualquer aluno de graduação, funcionário ou pessoa da comunidade pode participar. Não há ônus. A leitura individual de capítulos do livro será seguida de encontros do grupo de leitores para discussão do que foi lido.
As listas de interessados nesse ´clube de leitura´ serão formadas até o dia 14 de dezembro próximo e nos programaremos para tocar a leitura do livro durante o período inicial das férias, de forma que nosso encontro para primeira discussão em grupo, seja realizado apenas na segunda quinzena de janeiro. Até lá cada participante vai lendo o livro. Para definirmos qual seria a melhor data para o encontro de todos em janeiro e também nos conhecermos além de outros aspectos organizativos, podemos realizar um breve encontro na segunda-feira, 14 de dezembro, às 12h30m na UnB.
Faça contacto, inscreva-se e participe de uma leitura compartilhada e ativa no verão.
Outros livros que poderão fazer parte da nossa leitura de férias:
A dialética da natureza, de Engels e
Gênese e estrutura de O capital de Marx, de C. Rosdolsky.
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Lançamento
Foi lançado no 6ª Colóquio Internacional Marx e Engels, na Unicamp, em novembro de 2009, o livro: ESTATÍSTICA DA MISÉRIA E MISÉRIA DA ESTATÍSTICA organizado por Gilson Dantas.
Índice:
Estatística da miséria e miséria da estatística
GILSON DANTAS
O combate à pobreza: hipertrofia da assistência social, precarização dos direitos sociais e desmanche das atividades estatais de bem-estar social
HÉLIO RODRIGUES
Observações sobre o Bolsa Família, a fome e políticas sociais focais no governo Lula
OSVALDO COGGIOLA
Empobrecimento e deterioração econômica e social nos Estados Unidos
JUAN CHINGO
Índice:
Estatística da miséria e miséria da estatística
GILSON DANTAS
O combate à pobreza: hipertrofia da assistência social, precarização dos direitos sociais e desmanche das atividades estatais de bem-estar social
HÉLIO RODRIGUES
Observações sobre o Bolsa Família, a fome e políticas sociais focais no governo Lula
OSVALDO COGGIOLA
Empobrecimento e deterioração econômica e social nos Estados Unidos
JUAN CHINGO
terça-feira, 28 de julho de 2009
Lançamento
Aguarde palestra de lançamento do livro “Miséria da Estatística e Estatística da Miséria” (Gilson Dantas) em breve. Para obter este livro, acessar http://lucialivros.blogspot.com
Palestra
Aguarde, nos meses de agosto e setembro próximos, nova palestra sobre Gripe suína no Brasil, falência da saúde publica e capitalismo (no Ceub) e também palestra-lançamento da revista Contra a Corrente (Revista Marxista de Teoria, Política e História Contemporânea), sobre A nova fase da crise econômica mundial e seu provável impacto sobre o Brasil (na UnB).
Gilson Dantas, julho 2009
Gilson Dantas, julho 2009
domingo, 28 de junho de 2009
A NOVA FASE DA CRISE ECONÔMICA MUNDIAL E SEU IMPACTO SOBRE O BRASIL
Este é o tema da palestra-debate no SINDSER-GO dia 03 de junho de 2009, pela manhã (08h 30 minutos), pelo professor Gilson Dantas, durante encontro de militantes sindicais, ocasião em que também será divulgado o número 01 da revista Contra a Corrente, (Revista Marxista de Teoria, Política e História Contemporânea) que também traz artigos de vários autores sobre a crise capitalista mundial.
quarta-feira, 27 de maio de 2009
GRIPE SUÍNA: SEUS PERIGOS E SUAS CAUSAS NO CONTEXTO DA DEGRADAÇÃO AMBIENTAL E SOCIAL DO CAPITALISMO
GRIPE SUÍNA:
SEUS PERIGOS E SUAS CAUSAS
NO CONTEXTO DA DEGRADAÇÃO AMBIENTAL E SOCIAL
DO CAPITALISMO
Palestra e debate com Gilson Dantas,
doutor em medicina e sociologia pela UnB
e integrante do Núcleo de Pesquisas Marxistas da UEG
___________________________________________________
Palestra dia 14/5/09, quinta-feira, às 14h30m
na sala de reuniões do SINTFUB
(Sindicato dos Trabalhadores da UnB)
no Prédio Multiuso I, 1º. Andar, Campus da UnB
SEUS PERIGOS E SUAS CAUSAS
NO CONTEXTO DA DEGRADAÇÃO AMBIENTAL E SOCIAL
DO CAPITALISMO
Palestra e debate com Gilson Dantas,
doutor em medicina e sociologia pela UnB
e integrante do Núcleo de Pesquisas Marxistas da UEG
___________________________________________________
Palestra dia 14/5/09, quinta-feira, às 14h30m
na sala de reuniões do SINTFUB
(Sindicato dos Trabalhadores da UnB)
no Prédio Multiuso I, 1º. Andar, Campus da UnB
quinta-feira, 7 de maio de 2009
O encontro do G20, a crise do sistema e as respostas diante da crise
Encerrada a cúpula do G20 de 2/4 último, observa-se que o “receituário” dos países imperialistas diante da crise continua o mesmo enquanto se agrava o quadro econômico. Do último G20, de novembro, para este, seis meses depois, continua a tensão no seio do imperialismo, enquanto cresce, de fato, o protecionismo (registra-se a primeira queda do comércio exterior em 30 anos) e não aparecem outras propostas dos chefes do capitalismo que não sejam a de salvar a grande finança e aumentar a rentabilidade das grandes corporações por meio de demissões, enxugamentos (afora um ou outro plano assistencialista débil).
Salvar o grande capital financeiro tem se traduzido na injeção maciça de recursos públicos “no mercado financeiro”, seja através da estatização parcial de grandes grupos, do reforço financeiro do FMI ou da compra direta de ativos podres (durante a reunião do G20, o governo Obama autorizou bancos a eles mesmos precificarem – atribuírem preços – aos ativos podres, legitimando assim o cassino, a fraude contábil). Em todos os casos, cresce o endividamento público do imperialismo, sobretudo dos Estados Unidos. Os Estados Unidos querem fazer crescer o caixa do FMI pressionando outros governos a fazê-lo em seu lugar; o FMI da velha ordem mundial, cuja política foi e será a de “impedir” que certos Estado quebrem – como o México e o Leste europeu, em ruínas – só que por meio da política de submetê-los mais à pressão da espoliação em favor da grande finança.
A divergência com o imperialismo alemão (e francês, em parte) tem a ver com o mesmo motivo que tensionou a relação entre Europa, Japão e Estados Unidos em vários outros itens como o protecionismo, por exemplo: quem vai pagar mais e quem pagará menos a conta da crise.
Por isso a divergência: Alemanha (também França) pressiona por alguma regulamentação do capital financeiro, contra os paraísos fiscais; por essa via tentam que o imperialismo norte-americano pague parte da conta. Mas atuam dentro de certos limites, tanto eles quanto os Estados Unidos, seja porque há sério risco de quebras de grandes bancos e Estados europeus (Itália com o mais forte déficit público europeu, Áustria, Suíça, Suécia), seja porque economias endividadas e falidas da Europa do Leste são bombas-relógio políticas que podem repercutir sobre a Europa Ocidental (a economia da Alemanha está integrada, em parte, ao Leste). O grande capital ocidental está fortemente exposto nas economias do Leste.
De toda forma temos, por um lado, a resposta do sistema procurando salvar os grandes capitais, a finança (daí a “revitalização” do FMI) e, ao mesmo tempo, receoso de qualquer resistência popular, greves e até revoluções. E, no fundo de tudo, a dinâmica de uma crise que, até por sua gravidade histórica, os agentes do capital não podem controlar ou impedir seu desenvolvimento (rumo a uma ampla destruição de forças produtivas, única para tentar recuperar lucro médio para o capital).
Continua a marcha da desagregação do velho equilíbrio capitalista que vinha desde os anos 70 lado a lado com crescente agravamento dos elementos parasitários do sistema que agora explodem. Continua o sistema sem outra resposta que não seja descarregar a crise sobre o mundo do trabalho. Agudiza-se a necessidade política dos trabalhadores se assumirem como sujeito e varrerem a causa de todas as crises, o capital.
Gilson Dantas 18-4-9
Salvar o grande capital financeiro tem se traduzido na injeção maciça de recursos públicos “no mercado financeiro”, seja através da estatização parcial de grandes grupos, do reforço financeiro do FMI ou da compra direta de ativos podres (durante a reunião do G20, o governo Obama autorizou bancos a eles mesmos precificarem – atribuírem preços – aos ativos podres, legitimando assim o cassino, a fraude contábil). Em todos os casos, cresce o endividamento público do imperialismo, sobretudo dos Estados Unidos. Os Estados Unidos querem fazer crescer o caixa do FMI pressionando outros governos a fazê-lo em seu lugar; o FMI da velha ordem mundial, cuja política foi e será a de “impedir” que certos Estado quebrem – como o México e o Leste europeu, em ruínas – só que por meio da política de submetê-los mais à pressão da espoliação em favor da grande finança.
A divergência com o imperialismo alemão (e francês, em parte) tem a ver com o mesmo motivo que tensionou a relação entre Europa, Japão e Estados Unidos em vários outros itens como o protecionismo, por exemplo: quem vai pagar mais e quem pagará menos a conta da crise.
Por isso a divergência: Alemanha (também França) pressiona por alguma regulamentação do capital financeiro, contra os paraísos fiscais; por essa via tentam que o imperialismo norte-americano pague parte da conta. Mas atuam dentro de certos limites, tanto eles quanto os Estados Unidos, seja porque há sério risco de quebras de grandes bancos e Estados europeus (Itália com o mais forte déficit público europeu, Áustria, Suíça, Suécia), seja porque economias endividadas e falidas da Europa do Leste são bombas-relógio políticas que podem repercutir sobre a Europa Ocidental (a economia da Alemanha está integrada, em parte, ao Leste). O grande capital ocidental está fortemente exposto nas economias do Leste.
De toda forma temos, por um lado, a resposta do sistema procurando salvar os grandes capitais, a finança (daí a “revitalização” do FMI) e, ao mesmo tempo, receoso de qualquer resistência popular, greves e até revoluções. E, no fundo de tudo, a dinâmica de uma crise que, até por sua gravidade histórica, os agentes do capital não podem controlar ou impedir seu desenvolvimento (rumo a uma ampla destruição de forças produtivas, única para tentar recuperar lucro médio para o capital).
Continua a marcha da desagregação do velho equilíbrio capitalista que vinha desde os anos 70 lado a lado com crescente agravamento dos elementos parasitários do sistema que agora explodem. Continua o sistema sem outra resposta que não seja descarregar a crise sobre o mundo do trabalho. Agudiza-se a necessidade política dos trabalhadores se assumirem como sujeito e varrerem a causa de todas as crises, o capital.
Gilson Dantas 18-4-9
Curso em Goiânia
Realizamos nos dias 14 e 21 de março de 2009 o curso de formação política intitulado Introdução a O Capital de Karl Marx com carga horária total de 20 horas, através de convênio SINTSEP (Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Federal do Estado de Goiás) e CEPEC (Centro Popular de Estudos Contemporâneos) com presença de dezenas de companheiros, debate fecundo e onde foram examinadas bases e os fundamentos da obra-prima de Karl Marx e sua contemporaneidade.
Gilson Dantas, março 2009.
Gilson Dantas, março 2009.
sábado, 28 de fevereiro de 2009
Novo curso introdutório a O capital
Curso de Introdução Popular a O capital de Karl Marx
Março 2009
Em dois encontros, realizaremos um Curso Introdutório e Popular a O capital de Karl Marx, nos dias 14 e 21 de março, 2009, em Goiânia. Voltado para estudantes, trabalhadores e sindicalistas, o curso, realizado das 9 às 15 horas, contará com o professor Gilson Dantas como apresentador do tema e moderador dos grupos de discussão e debate.
O livro I será objeto do curso no dia 14 e os livros II e III serão trabalhados no dia 21. Os temas e conceitos de O capital serão apresentados a partir de problemas e processos concretos de vida econômica que chamam a nossa atenção e provocam interrogações; a partir deles chegaremos à teoria do valor, questões como moeda, mais-valia, salário, acumulação do capital, capital comercial e financeiro, queda da taxa média de lucro e crise do capitalismo. O método em Marx e outros aspectos também serão enfocados. Recomendamos, desde já, que leiam resumos de O capital disponíveis (como o de Carlo Cafiero, Paul Lafargue, Gabriel Deville etc, e se possível, leiam o livro de Marx, Salário, preço e lucro; também será importante a leitura do capítulo XXIV do livro I de O capital (sobre a acumulação primitiva do capital).
Qualquer que seja a sua leitura (ou não) de O capital, participe: este curso funcionará como um estímulo à leitura integral de O capital. Seja bem-vindo!
Gilson Dantas
Brasília, 28 fevereiro 2009
Recomendações para leitura:
Capítulo XXIV do Livro I de O capital (sobre a acumulação primitiva)
Livro Salário, preço e lucro de Marx (existe edição pela Expressão Popular e outra pela Global).
Livro = O capital, uma leitura popular, de Carlo Cafiero, Polis, São Paulo, 1987.
Livro = O capital: extratos, por Paul Lafargue, São Paulo, Conrad, 2004.
Livro = O capital: edição condensada, Edipro, Bauro, SP, 2000 (autor: G.Deville).
Livro = Breve introdução a O capital de Marx (Seleção de textos e apresentação de Gilson Dantas), Ícone, Brasília, 2008.
[Dos quatro últimos livros, o último traz resumo dos três livros de O capital; os demais resumem o livro I]
sábado, 24 de janeiro de 2009
A clássica polêmica sobre teoria da crise
Parte I
Grossmann (HG) foi um militante marxista polonês da época de Rosa Luxemburgo que fez publicar um livro memorável poucos meses antes do crack de 1929, que veio a representar um marco e um divisor de águas no debate marxista sobre crises capitalistas.
O primeiro debate histórico sobre teoria da crise do capitalismo se deu pouco depois da publicação do segundo livro de O capital, em 1885: a partir dali e durante quase quatro décadas, partindo de autores que vão desde aqueles do marxismo legal russo à II Internacional, vários autores travaram polêmica e deixaram os textos clássicos sobre o tema. Um setor daqueles autores tendia a ver o sistema evoluindo para a derrocada, mas outros autores desviaram foco da tendência do sistema à estagnação, à derrocada passando a enxergar, a partir de sua respectiva teoria da crise, o capitalismo como um modo de produção que tendia ao equilíbrio, a movimentos cíclicos que garantiam a auto-sustentabilidade do sistema.
Em linhas bem gerais, este último grupo de autores tendia a não enxergar o capitalismo como tendo entrado – depois das dores do parto imperialista através da grande depressão de 1873 a 1896 - em uma era de crises, guerras e revoluções, com a expansão mundial do processo de acumulação do capital tensionada pelo espaço ou existência local do Estado nação, sede das frações em disputa do grande capital global.
Aliás, uma vez que o capitalismo “superou” pacificamente aquela sua primeira grande depressão que foi dos anos 70 aos fim do século XIX, desenvolveu-se essa nova onda política no seio do próprio marxismo, na linha de enxergar um sistema que não era tão catastrófico assim, que era “capaz” de superar crises. Bernstein, em 1896, com sua teoria do subconsumo como causa da crise capitalista foi seguido em 1905 por Tugan com sua convicção econômica de que o sistema não tendia à derrocada e sim a uma espécie de reprodução sem fim (Otto Bauer também pensava mais ou menos assim, argumentando que só a falta de um plano é que levava o sistema à crise).
Hilferding, em 1910, via o capitalismo em equilíbrio; e tanto este autor como os demais – como regra – fundavam suas conclusões em Marx, mais precisamente, nos esquemas de reprodução ampliada do capital, do livro dois de O capital. Vários deles pensavam que o capitalismo poderia não ir à crise se mantivesse uma proporção entre os dois departamentos da economia, o produtor de bens de capital e o produtor de bens de consumo.
Rolsdolsky agrupa uma boa parte destes autores com a qualificação de neoharmonicistas, que pregavam a harmonia do sistema a partir de uma abordagem parcial de O capital de Marx.
(Um parêntesis aqui é que autores como Kautsky, que viam o sistema marchando para o colapso econômico eram igualmente conciliadores e reformistas politicamente. O que só mostra, como já argumentou Esteban Mercatante, que uma determinada teoria da crise não é garantia da correta teoria da revolução).
A importância fundamental de HG nisso tudo e na condição de uma espécie de arremate daquele debate, é que ele será o primeiro, pelo menos em termos de maior visibilidade e alcance da argumentação, a romper com esse foco, não só neo-harmonicista mas, sobretudo, rompendo com as explicações unilaterais, pela direita ou pela esquerda, da teoria da crise. E o faz partindo do de Marx, dos três livros de O capital da forma mais magistral (evidentemente se não se levar em conta as elaborações econômicas de Trotski, da mesma época, cujo alcance político e teórico é ímpar). HG recupera o Marx clássico de O Capital, para as novas condições dos anos vinte, trinta e com uma profundidade que o torna atual nos nossos dias. (Reiterando: evidentemente, ao contrário, de Trotski, HG não chega a integrar e avaliar a crise global capitalista em sua totalidade: economia, luta de classes e lutas inter-estatais).
É verdade que Rosa analisa em 1912, que o capitalismo tende a afundar E demonstra isso pelas próprias tendências econômicas do sistema. (Cunow tinha adiantado este ponto em 1898). Mas sua análise da crise é, como se sabe, parcial. Via o limite do sistema a partir do momento em que este “colonizasse” todo o entorno não-capitalista. Ela não via claramente um capitalismo que concorre entre si, entre os países imperialistas, e que se apóia neste processo e em outras contra-tendências para fugir para adiante. (Em 1915 Bukharin irá criticar o foco de Rosa). Ela não via, sobretudo, como bem demonstrara HG, que não é preciso pensar em “novas áreas”, o capitalismo estreita as bases históricas da valorização do capital a partir da própria lógica histórica da acumulação.
Muito tempo depois, em 1927, Hilferding continuará argumentando que o sistema não tende ao colapso, contrariando Rosa e os bolcheviques, dizia ele, e insistia que o que existe, na verdade, é o capitalismo organizado Dois anos depois o capitalismo se desorganizou por inteiro. O livro de HG, de antes do crack, permitia, pelo contrário, compreende-lo perfeitamente.
Grossmann: trajetória
Henryk Grossmann (1882-1950), filho de prospera família de judeus, foi um marxista de origem polonesa (Cracóvia) cuja obra-prima (A lei da acumulação do capital...) foi publicada em 1929, em Leipzig, meses antes do crack. Ativista estudantil e partidário na Polônia, ao lado de Karl Radek, em um dos três partidos de esquerda da Polônia da virada do século XIX para o XX, era próximo do partido de Rosa.
Estudou direito e economia na Cracóvia e em Viena até o início da segunda década do século XX. De 1922 a 1925, foi professor de economia na Universidade Livre da Polônia e, fugindo de perseguição política emigrou para a Alemanha, onde integrou o Instituto de Pesquisa Social de Frankfurt até a posse de Hitler em 1933. Novamente teve que emigrar e viveu em relativo isolamento nos Estados Unidos por doze anos (1937-1949). Em 1949, assumiu cátedra de economia na Universidade de Leipzig, Alemanha Oriental. Morreu pouco depois.
Com o seu A lei da acumulação..., procurou demonstrar que a crítica à economia política marxista vinha sendo subestimada e enormemente vulgarizada, justamente ela que constituía a mais poderosa ferramenta na condição de teoria da crise capitalista. Uma boa introdução ao pensamento de HG é o livro de P. Mattick Crise e teoria da crise, publicado anos depois da morte de Grossmann (que existe em tradução para o espanhol pela Editora Era, do México).
GilsonD Brasília, 14/1/09
Henryk Grossmann (1882-1950), filho de prospera família de judeus, foi um marxista de origem polonesa (Cracóvia) cuja obra-prima (A lei da acumulação do capital...) foi publicada em 1929, em Leipzig, meses antes do crack. Ativista estudantil e partidário na Polônia, ao lado de Karl Radek, em um dos três partidos de esquerda da Polônia da virada do século XIX para o XX, era próximo do partido de Rosa.
Estudou direito e economia na Cracóvia e em Viena até o início da segunda década do século XX. De 1922 a 1925, foi professor de economia na Universidade Livre da Polônia e, fugindo de perseguição política emigrou para a Alemanha, onde integrou o Instituto de Pesquisa Social de Frankfurt até a posse de Hitler em 1933. Novamente teve que emigrar e viveu em relativo isolamento nos Estados Unidos por doze anos (1937-1949). Em 1949, assumiu cátedra de economia na Universidade de Leipzig, Alemanha Oriental. Morreu pouco depois.
Com o seu A lei da acumulação..., procurou demonstrar que a crítica à economia política marxista vinha sendo subestimada e enormemente vulgarizada, justamente ela que constituía a mais poderosa ferramenta na condição de teoria da crise capitalista. Uma boa introdução ao pensamento de HG é o livro de P. Mattick Crise e teoria da crise, publicado anos depois da morte de Grossmann (que existe em tradução para o espanhol pela Editora Era, do México).
GilsonD Brasília, 14/1/09
sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
Companheiros:
Dando prosseguimento ao trabalho de anos anteriores, iniciaremos um novo ciclo de estudos de O Capital em março próximo.
Serão três sábados nos quais, a partir de palestra seguida de grupos de estudos (rodas de leitura e discussão das anotações individuais de leituras e da palestra) durante uma hora e meia e, por fim, debate em plenária com moderador. Os textos para cada bloco serão definidos de antemão e estarão disponíveis em pasta de xerox na UnB (minhocão).
O enfoque das palestras terá as seguintes características: a) procurará ser didático e popular, o que significa accessível a todo estudante ou trabalhador interessado e b) procurará resumir o essencial dos três livros de O Capital de Marx.
Este ciclo de estudos não substitui, obviamente, a leitura direta da obra-prima de Marx. Em conjunto com aqueles que puderem/quiserem levar adiante esta leitura em grupo, poderemos organizar essa leitura direta de Marx posteriormente.
A todos vocês um 2009 pleno de crescimento da consciência crítica e revolucionária!
Gilson Dantas
Serão três sábados nos quais, a partir de palestra seguida de grupos de estudos (rodas de leitura e discussão das anotações individuais de leituras e da palestra) durante uma hora e meia e, por fim, debate em plenária com moderador. Os textos para cada bloco serão definidos de antemão e estarão disponíveis em pasta de xerox na UnB (minhocão).
O enfoque das palestras terá as seguintes características: a) procurará ser didático e popular, o que significa accessível a todo estudante ou trabalhador interessado e b) procurará resumir o essencial dos três livros de O Capital de Marx.
Este ciclo de estudos não substitui, obviamente, a leitura direta da obra-prima de Marx. Em conjunto com aqueles que puderem/quiserem levar adiante esta leitura em grupo, poderemos organizar essa leitura direta de Marx posteriormente.
A todos vocês um 2009 pleno de crescimento da consciência crítica e revolucionária!
Gilson Dantas
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